5 de setembro de 2015

Feios - Scott Westerfeld





  Nome: Feios
  Autor: Scott Westerfeld
  Páginas: 416
  Editora: Galera
  Gênero: Distopia





  Sinopse

  Séculos depois da destruição da civilização industrial em um apocalipse ecológico, a humanidade vive em cidades-bolha cercadas pela natureza selvagem. Lá, Tally Youngblood é feia. Não, isso não significa que ela é alguma aberração da natureza. Não. Ela simplesmente ainda não completou 16 anos. Em Vila Feia, os adolescentes ficam presos em alojamentos até o aniversário de 16 anos, quando recebem um grande presente do governo: uma operação plástica como nunca vista antes na história da humanidade. Suas feições são corrigidas à perfeição, a pele é trocada por outra, sem imperfeições ou – nem pense nisso – espinhas, seus ossos são substituídos por uma liga artificial, mais leve e resistente, os olhos se tornam grandes e os lábios, cheios e volumosos. Em suma, aos 16 anos todos ficam perfeitos.
Tally mal pode esperar pelo seu aniversário. Depois da operação, vai finalmente deixar Vila Feia e se mudar para Nova Perfeição, onde os perfeitos vivem, bebem, pulam de paraquedas, voam a bordo de suas pranchas magnéticas, e se divertem (o tempo todo). Seu único trabalho é aproveitar muito. Mas, enquanto espera que as poucas semanas até completar 16 anos passem, Tally precisa se distrair.
Uma noite, ela conhece Shay, uma feia que não está nem um pouco ansiosa para completar 16 anos. Pelo contrário: Shay pretende fugir dos limites da cidade e se juntar à Fumaça, um grupo de foras-da-lei que sobrevive retirando seu sustento da natureza.
Para Tally, isso é uma maluquice. Quem iria querer ficar feio para sempre, ou se arriscaria a voltar para a natureza e queimar árvores para se aquecer, em vez de viver com conforto em Nova Perfeição e se divertir à beça? Mas, quando sua amiga desaparece, os Especiais, autoridade máxima deste novo mundo, propõem um acordo com Tally: unir-se a eles contra os enfumaçados ou ficar feia para sempre. Tally, porém, acaba se envolvendo em uma conspiração e descobrirá que, por trás de tanta perfeição, se esconde um terrível segredo. Sua escolha irá mudar o mundo para sempre.



  Opinião

  Nesses últimos tempos, meu gênero preferido está sendo distopia. Depois de eu ter terminado Jogos Vorazes, ter me assumido tributo, distopia está bem presente na minha vida. Então em um dia no sebo, avistei esse livro ''Feios'' e decidi levar para casa. Eu já havia ouvido falar muito bem dele por muitas pessoas, inclusive a Pam do Garota IT (que tem um gosto bem parecido com o meu) e depois de terminar A Esperança eu fui ler. E me apaixonei.

  No primeiro momento, conhecemos o mundo em que é passado Feios. Foi simplesmente muito criativa a ideia de Scott. No passado (conhecido como futuro para nós) as pessoas são julgadas pelo seu estilo de cabelo, por sua pele, pelos seus olhos, bocas, ouvidos, testas, ou qualquer coisa que saia do padrão que a sociedade diz ser ''bonito'', mas no mundo de Tally, isso acabou. Quando os jovens completam 16 anos, eles são de Vila Feia e fazem uma cirurgia que os deixa perfeito. Sim, perfeito de beleza. Viram obras divinas, ou como dizem hoje em dia, ''esculpido pelos deuses''. E quando o melhor amigo de Tally faz 16 anos e e se transforma, Tally fica com saudades dele e vai visitá-lo. Mas na volta dessa visita bem bagunçada, ela acaba conhecendo Shay, uma menina que não está tão animada assim para se transformar. Quando Shay desaparece, em busca da Fumaça (um grupo de jovens feios que se abastecem de elementos da natureza), Tally tem que decidir entre trair a amiga ou quebrar a promessa que fez para o amigo que virou perfeito.

  E assim, logo que falamos de distopia, as pessoas lembram de Jogos Vorazes e acham que qualquer outra distopia é imitação. Mas é diferente. Jogos Vorazes tem seu tema principal: capitalismo. E Feios tem seu tema principal: beleza superficial. Os dois tem temas diferentes, histórias diferentes, mas um objetivo: abrir a mente das pessoas. Por isso Feios é único. Um livro que nos deixa completamente vidrado, enrolado nas palavras de Scott, torcendo para que Tally se dê bem no próximo capítulo.

  Shay é uma personagem forte. No começo, eu torcia por ela. Ela era a independente. Ela não queria ser controlada pelo governo. Mas, ao longo do livro, fui percebendo que ela era a que menos sabia do assunto. Tally virou minha personagem favorita. Ela, mesmo não querendo desde sempre ser uma feia para sempre, sabia muito mais do que qualquer personagem ali. Tally era a real revolucionária. E é para ela que temos que bater palmas.

  O livro fala, como eu já disse, sobre beleza artificial. O jeito artificial de ser. E como podemos ser contra, se quisermos. Há várias reviravoltas na história, e você não pode deixar de pensar: ''eu fico do lado dos Especiais ou da Fumaça?''

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