19 de agosto de 2015

Cartas de amor aos mortos - Ava Dellaira




  

  Nome: Cartas de amor aos mortos
  Autora: Ava Dellaira
  Páginas: 333
  Editora: Seguinte






  Sinopse

  Prestes a começar o ensino médio, Laurel decide mudar de escola para não ter que encarar as pessoas comentando sobre a morte de sua irmã mais velha, May. A rotina no novo colégio não está fácil, e, para completar, a professora de inglês passa uma tarefa nada usual: escrever uma carta para alguém que já morreu. Laurel começa a escrever em seu caderno várias mensagens para Kurt Cobain, Janis Joplin, Amy Winehouse, Elizabeth Bishop… sem nunca entregá-las à professora.
Nessas cartas, ela analisa a história de cada uma dessas personalidades e tenta desvendar os mistérios que envolvem suas mortes. Ao mesmo tempo, conta sua própria vida, como as amizades no novo colégio e seu primeiro amor: um garoto misterioso chamado Sky.
Mas Laurel não pode escapar de seu passado. Só quando ela escrever a verdade sobre o que se passou com ela e com a irmã é que poderá aceitar o que aconteceu e perdoar May e a si mesma. E só quando enxergar a irmã como realmente era - encantadora e incrível, mas imperfeita como qualquer um - é que poderá seguir em frente e descobrir seu próprio caminho.

  
  Opinião


 Queridos Kurt, Judy, Elizabeth, Amelia, River, Janis, Jim, Amy, Heath, Allan, E. E. e John, 

   
   Eu li todas as cartas que Laurel mandou para vocês. Me perdoem, mas a curiosidade sempre foi meu pior defeito. Mas há um lado bom nisso tudo! O quanto ''Cartas de amor aos mortos'' me ensinou. E é o quê eu vou contar para você hoje diante dessa humilde carta.

   No começo, eu não me interessei muito. A única coisa que me obrigou a ler foi a capa linda que eu havia visto. Mas então, quando comecei a ler, vi que eu estava enganada. Apesar da história não ser tão empolgante, ser quase igual aquelas clichês, Laurel tem um jeito diferente de narrar. Não, ela não narra. Ela recita uma poema. O modo de narrativa dela é cativante e emocionante, misturada como altos e baixos no drama. Laurel descreve exatamente o momento, e podemos imaginá-lo na cabeça e sentir todos os sentimentos da personagem. Essa é a magia do livro.

  Laurel é especial. Perder a irmã mais velha, seu único porto seguro para enfrentar a separação dos pais, o mundo e o ensino médio, deve ser bem difícil. Por isso, Laurel, palmas minhas, dos leitores do blog e de todos esses artistas a quem estou endereçando a carta. Você é realmente uma personagem memorável. Apesar de todos os seus momentos meio loucos, suas depressões repentinas, nós entendemos você.

  Natalie e Hannah, as minhas personagens preferidas da história, também foram um pedaço importante na vida de Laurel. Elas que mostraram a protagonista o mundo perigoso, o mundo diferente, o mundo louco e, principalmente, o mundo do amor. E não só do amor ''normal'', descrito pela sociedade preconceituosa, como o outro tipo de amor lindo, o homossexual. E a jornada de amor da Natalie e da Hannah também foi bem descrita pelos olhos de Laurel, como uma jornada diferente e que ela adorou participar. Natalie e Hannah, no final, não são nada mais nada menos, que duas garotas se aventurando no amor.

  Sky. O garoto que, por bastante tempo, roubou suspiros e borboletas na barriga da nossa protagonista. Em algumas partes, eu odiava o Sky, e em outras, eu o amava. Talvez por quê ele fosse confuso? Talvez. Mas, analisando bem a história, todos os outros personagens também não eram bem confusos? E não era apenas confusos pelo modo de ser não, mas também por causa de Laurel, que trouxe mais confusão para a vida dessas pessoas. Como dito anteriormente, ela era uma personagem jovem insegura com saudade do seu porto seguro. E as vezes fazia loucuras para tentar entender o lado da irmã mais velha falecida. E, no final, Sky ficava confuso. E os leitores também.

  No final, ''Carta de amor aos mortos'' é uma mistura de poesia e amor. Puro amor jovem, louco, confuso e irresponsável. Então eu pergunto á vocês, meus caros leitores mortos, não é essa a forma de amor que todos deveríamos ter? Jovem, louco, confuso e irresponsável? Tudo sobre medida e cautela, claro, mas um pouquinho de loucura é sempre bom. E no final, Ava Dellaira fecha toda a história com Laurel mais crescida. Antes, era apenas uma personagem fraca, mas ao longo do livros, vemos o crescimento dela ao longo que ela vai descobrindo coisas novas, pessoas novas, e também vai se dando conta de quê a irmã não era seu porto seguro. Ela mesmo era seu porto seguro.

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